30/05/2017

A mulher do viajante no tempo

"O tempo não é nada"
Eu amo o filme, que por algum motivo aqui no Brasil ganhou o nome de "Te Amarei Para Sempre". É... Não foi legal, porque não tem nada a ver com o título original, convenhamos.
Em "A Mulher do Viajante no Tempo" Henry sofre de um distúrbio genético raro. De tempos em tempos, seu relógio biológico dá uma guinada para frente ou para trás, e ele se vê viajando no tempo, levado a momentos emocionalmente importantes de sua vida tanto no passado quanto no futuro. Causados por acontecimentos estressantes, os deslocamentos são imprevisíveis e Henry é incapaz de controlá-los. A cada viagem, ele tem uma idade diferente e precisa se readaptar mais uma vez à própria vida. E Clare, para quem o tempo passa normalmente, tem de aprender a conviver com a ausência de Henry e com o caráter inusitado de sua relação. Apesar de tudo, apesar dela se sentir uma mulher de marinheiro, que fica à mercê esperando a volta (e se houver a volta) de seu amado, ela ama Henry com todas as forças do seu coração e não se arrepende de ter se envolvido com ele.... Bem, desde a infância.
O livro não é confuso, sério. Achei que seria e ficaria igual barata tonta, mas não. No fim, exatamente tudo se encaixa. E critica também bastante as pessoas, como um pai se reclusa após a morte da esposa deixando de cuidar de um filho, como um cara com uma vida complicada pode encontrar meios ruins para fugir dela no começo da vida adulta, como certas pessoas não conseguem viver tudo o que há na vida e simplesmente dão um fim a si mesmo, como existem amigos filhos de uma égua, que são comprometidos, mas ainda assim dão em cima (e etc) de outras mulheres, como algumas pessoas só sabem criticar as outras e como os adultos são tão adultos e só acreditam em uma coisa quando estão bem diante de seus olhos. Não estou caracterizando Clare ou Henry, mas os outros personagens em um geral.
Muitas coisas acontecem nesse livro, muitas coisas estão envolvidas, muitas viagens que no final encaixam perfeitamente e você fica um tempo, parado, perplexo pensando sobre tudo aquilo. Eu chorei várias vezes durante a leitura, não por ter um final feliz conquistado com muito afinco ou por um final triste que terminou em tragédia, mas pelo final real que mais cedo ou mais tarde aconteceria com esse incrível e diferente casal.
Apesar de não ter amado como imaginei que amaria (acho que não capitei a essência que todos os outros viram), o livro ainda assim, é muito bom, cheio de cultura musical, livros, arte e com toda certeza vale a pena ler! Deu até uma ressaquinha literária.

Um abraço a todos,
— Sarah Vargas


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