Aquela velha história, chamada de vida!

Sabe, às vezes paro pra pensar em como já vivenciei tantos episódios nessa vida. Desde pequeno assistindo de camarote esse seriado baseado em fatos reais, onde o personagem principal sou eu, onde faço o papel de roteirista que vive pra depois escrever. Lembro- me como se fosse ontem daquela criança inocente, encardida de barro brincando no quintal de sua casa com os primos, e até mesmo consigo sentir as pontas dos dedos do pé que eram arrancadas no asfalto quando um chute na bola dava errado; até mesmo dos ralados que ficavam em meu corpo, ralados que na maioria das vezes eu só descobria quando ia tomar banho. E aquelas várias vezes em que me juntei com meus amigos da vizinhança pra brincar, meu DEUS, eu era um macaco, vivia em cima de um pé de goiaba com minha melhor amiga de infância... bons tempos. Com o passar do tempo, a vontade de brincar na rua não era a mesma, as amizades haviam mudado, a escola só ia se dificultando e aquela série do ensino fundamental que você só ia pra brincar e apresentar peças de teatro pra escola fica para trás. Sinto saudade daquele tempo, foram tantas histórias em um palco pra uma multidão ver, vez ou outra eu era o príncipe quando não ficava como o narrador, tempo engraçado esse, mas novamente as coisas mudam, a escola vira algo chato, seus antigos amigos desaparecem e novas pessoas tomam aquele lugar; então finalmente alguém que você percebe amar vem e parte o seu coração pela primeira vez. Caramba! Eu mal sabia que aquela não seria a  primeira vez. Enfim, tudo nessa vida vem por um motivo ou razão a qual a gente só entende depois de algum tempo.

Finalmente o ensino médio chegou. Nossas quantas coisas esse tal ensino médio me ensinou, muita gente passou pela minha vida nesse período, aconteceu muita coisa, desde a primeira festinha com uma turma de amigos até guerra de balões que fechou meu terceiro ano, quantas vezes cai do cavalo em pouco menos de três anos, e mais uma vez tudo mudou, as amizades, o cotidiano e então mais uma vez fui decepcionado por quem eu amo. Como? Não queira saber. Às vezes chego a me questionar se sou tão insuportável assim, mas enfim... A bendita faculdade chega e tudo lá é novo, a cidade, as pessoas, as ‘’amizades’’, os amores, as complicações e inclusive as decepções. É uma fase totalmente inovadora, uma fase que simula um passeio de montanha russa, cheio de altos e baixos, cheio de curvas e loopings que te fazem sentir emoções de diferentes padrões, mas que marcam sua vida por uma eternidade...

Sabe qual a melhor parte de parar pra pensar em uma vida inteira assim!?

Você percebe que nem todo pra sempre dura uma vida toda, que tudo que passa na sua vida é por um motivo em especial, se tornando uma lição e por experiência, você absorve tudo sendo bom ou ruim, tudo vai se transformar em aprendizado, e é claro que vão existir aquelas pessoas que farão você entender o peso da palavra “pra sempre”,  seja fisicamente estando ao seu lado pro que der e vier ou até mesmo através de lugares, cheiros, musicas, filmes ou até por palhaçadas que você fazia pra arrancar sorrisos, que te cativavam. Mas isso é viver, não é mesmo!? Cada dia se surpreendendo um pouco mais, cada dia mostrando que vale muito a pena seguir em frente e lutar por metas que você mesmo deve traçar em sua vida, ser firme, e aprender com cada novo detalhe.

Um abraço a todos,

— Guilherme Neves